segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Love While We're Young (2ª Temporada) – Capítulo Quarenta e Quatro – Creche

Capítulo Quarenta e Quatro – Creche

Três anos depois...

Eu: LARGUE ISSO, EL! AGORA! – berrei, quando a pequena menina de três anos pegou o abajur da sala e ameaçou jogá-lo no chão.
         A pequena garota de cabelos castanho-claro e ondulados me fitou, com os seus olhos levemente azulados. Levava no rosto um sorriso debochado.
Eu: DÁ PRA ME AJUDAR AQUI, HARRY? – berrei impaciente. Segundos depois, Harry apareceu na escada, com a camisa social desabotoada.
Harry: Qual é o problema? – ele perguntou, descendo os degraus lentamente, com os pés descalços.
Eu: A sua filha não quer comer para ir pra creche – expliquei, observando Eleanor colocar o abajur no lugar.
Harry: Ah! Agora ela é minha filha, né? – ele disse, indignado. Em seguida, aproximou-se da filha e apegou no colo, sentando-se no sofá. – Agora diz pro papai, El... Por que não quer comer?
Eleanor: Não quero ir pra creche... – ela respondeu, com a sua voz fina e doce.
Eu: Mas tem que ir, El! – argumentei impaciente. – Senão o papão não vai poder ir cantar e a mamãe não vai poder fazer as roupas. Além do mais, se você não for para a creche, não vai poder ver o titio Louis e o Teddy!
Eleanor: Mas não quero ir! – ela exclamou, cruzando os seus bracinhos curtos, emburrada. Respirei fundo e olhei para Harry.
Eu: Não quero ter que partir para a violência doméstica... – avisei ameaçadoramente. Harry fez uma careta.
Harry: Olha só, filha... Se você for pra creche, o papai promete que traz um montão de doces quando voltar – ele disse, sorrindo, voltando o seu olhar para Eleanor.
Eleanor: Promete mesmo? – ela perguntou, abrindo um largo sorrido. Harry assentiu.
Eu: Agora sobe para se vestir... – disse, enquanto Eleanor descia do colo do pai e subia, somente de fraldas, as escadas.
         Em seguida, olhei para Harry, cruzando os meus braços.
Harry: Que é? – ele perguntou, notando o meu olhar de reprovação.
Eu: Isso é culpa sua – respondi.
Harry: Ah, dá um tempo… - ele resmungou, começando a fechar os botões da camisa.
Eu: Mas é verdade! Você é mima demais! Nunca diz “não” para ela. O pior é que ela vai se acostumar com as câmeras, e vai ser que o inferno começa! – retorqui, enquanto Harry sorria. – E não é para sorrir!
Harry: Posso fazer o quê, se você fica linda quando está furiosa? – ele se levantou, se aproximando.
Eu: Nem vem... Não sou a Eleanor – retorqui, enquanto Harry colocava as suas mãos na minha cintura e colava o seu corpo no meu.
Harry: Claro que não... – ele sussurrou, roçando a ponta do seu nariz pela curva do meu pescoço. – Você é mais fácil de chantagear ou subornar. Basta te seduzir! – ele me fitou, sorrindo pelo canto dos lábios.
         Dei uma risada irônica.
Eu: Bela tentativa, bonitão...
Eleanor: Eca! – ouvimos a garota exclamar. Nos viramos e fitamos a criança, que nos observava do pé da escada. Eleanor usava um vestidinho rosa claro com um bolero rosa choque por cima.
Harry: “Eca” nada! Você acha que nasceu de que forma? – ele perguntou, enquanto eu ria alto. – Agora venha cá para calçar as sandálias, que a mamãe vai te levar para a creche...
Eu: E eu vou tomar um banho rápido... – avisei, passando por Eleanor (que corria desajeitadamente até Harry) e subi as escadas.

         Tomei um banho rápido, me vesti e desci para a sala, onde Harry segurava Eleanor no colo.
Harry: Faça o que combinamos ok? Não vou poder busca-la por conta do show e dos ensaios fotográficos... – ele explicou, pela vigésima vez.
Eu: Tá, tá, tá... – repliquei, enquanto Harry colocava Eleanor no chão; a mesma me deu a mão. Harry sorriu, abrindo a porta de entrada para que saíssemos. – Não! Fique aí onde está! – exclamei, quando Harry fez menção de sair também. – Não quero que saia de pés descalços e com a camisa abotoada só até a metade.
Harry: Pelo amor de Deus, meu amor... – ele me fitou, divertido. – Eu apenas ia colocar a El na cadeirinha...
Eu: Eu coloco – retorqui, enquanto ele ria. – Vamos, El? – perguntei, desviando o meu olhar para Eleanor. A menina assentiu com a cabeça. – Então dá tchau para o papai...
         Harry agachou-se e, imediatamente, Eleanor soltou a minha mão e correu para abraça-lo. O moreno sorriu e, em seguida, soltou a filha.
Harry: Vê se se comporta princesa... – ele disse, enquanto Eleanor assentia com a cabeça. Harry pôs-se em pé e me fitou. – Você também tem que me dar tchau, Katy.
Eu: Pare de ser bobo... – disse, me aproximando e dando um breve beijo no moreno.
Harry: Não sou bobo... – ele sorriu pelo canto dos lábios.
Eu: Só nas horas vagas, né? – perguntei, indo até o meu carro e abrindo a porta de trás. Em seguida, peguei Eleanor no colo e a sentei na cadeirinha, que se localizava no meio do banco. Enquanto prendia o cinto da cadeirinha, senti Harry me abraçar por trás, fazendo Eleanor sorrir. – Puta que pariu, Styles...
Harry: Não fale palavrões na frente da El! – ele exclamou, fingindo espanto, enquanto eu me virava e o encarava.
Eu: Esta criança sabe o abecedário dos palavrões graças a você, Harry Styles – retorqui com convicção.
Harry: Não tenho culpa se ela sempre está por perto quando eu bato com o dedinho do pé na quina dos móveis... – ele replicou, me fazendo rir.
Eu: Ok… Agora deixe a gente ir...
Harry: À vontade... – ele me soltou e roubou um selinho. Eu ri e, em seguida, entrei no carro prateado e dei a partida.

            Tamborilei os dedos no volante, esperando o sinal abrir. O dia fora extremamente cansativo e estressante e eu estava dez minutos atrasada para buscar Eleanor na creche, por conta de um engarrafamento quilométrico que tive de enfrentar quinze minutos antes.
         Passei a mão direita nos meus cabelos, buzinando repetidamente, como se o sinal fosse abrir magicamente. Eu estava a uma quadra da creche e, quando já estava pensando em sair do carro e seguir a pé, o sinal abriu.
         Acelerei ao máximo que a estrada permitia e, dois minutos depois, estava estacionando o carro em frente ao prédio colorido. Saí do veículo às pressas e entrei na creche. Rumei para a salinha de aula de Eleanor – havia somente a professora, Srta. Carly, lá.
Eu: Onde Eleanor está? – perguntei intrigada e ofegante.
Srta. Carly: Um homem a levou fazem uns dez minutos – ela respondeu, sem entender.
Eu: Que homem? O pai dela? – perguntei, questionando-me o porquê de Harry ter ido buscar Eleanor na creche.
Srta. Carly: Sabemos quem é o pai dela, mas não era ele... – ela respondeu, enquanto juntava os lápis de cor do chão. – Disse que era tio dela e que você pediu para ele vir busca-la.
Eu: Tio? Eu não pedi... – me calei momentaneamente, sentindo o meu coração acelerar. – Como ele era?
            Antes que ela pudesse responder, o meu celular começou a tocar, no meu bolso. O peguei: era um número desconhecido. Atendi mesmo assim.
~Ligação ON~
Eu: Alô...?
XxXx: Estamos com a sua preciosa filha... – era uma voz que eu nunca ouvira na minha vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário