Capítulo Quarenta e Cinco – Sequestro... De novo
Eu: Quem é
que está falando? – perguntei, sentindo o desespero tomar conta de mim.
XxXx: Não
importa. Se quiser tê-la de volta e em segurança... – neste momento, ouvi o som
do choro de Eleanor, no outro lado da linha. - venha busca-la. E é melhor que
venha sozinha... E não comente com ninguém – a voz disse ameaçadoramente e
desligou.
~Ligação OFF~
Entrei em completo desespero: estavam com Eleanor.
Sem dizer nada, saí correndo para a porta da escolinha. Rapidamente, entrei no
carro e respirei fundo: como iria encontra-la se o sequestrador não me dera
nenhum endereço?
Instantes depois, a resposta para o meu
problema viera em mensagem de texto: o número desconhecido mandara o endereço.
Logo estava partindo para o local dito, na maior velocidade permitida.
Meia hora depois, quando o céu começava
a escurecer, estacionei o carro em frente a uma casa abandonada, que ficava
quase no meio do nada. Era ali onde os sequestradores de El estavam.
Saí do carro, levando apenas o meu
celular no bolso traseiro do short, e entrei na casa. Antes que eu pudesse dar
um passo para explorar o local, alguém me pegou por trás e amarrou as minhas
mãos com uma corda grossa.
Eu: O QUE É
ISSO? – berrei, enquanto a pessoa me empurrava para mais fundo da casa velha e
escura, que cheirava a mofo.
XxXx: É a vida
real, meu amor... – ouvi a conhecida voz masculina dizer, no meu ouvido.
Eu: Thomas? –
perguntei, sentindo o meu coração dar um salto.
Thomas: Em carne
e osso... – ele me virou e me encostou na parede empoeirada de um dos cômodos
da casa. Ele levava no rosto um sorriso malicioso. – Finalmente eu tenho
você...
XxXx: MAMÃE! –
ouvi uma voz fina e doce gritar, chorando: era a voz de Eleanor. Senti um
aperto no peito.
XxXx: CALA A
BOCA, PORRA! – ouvi uma voz feminina berrar, do mesmo cômodo distante, seguido
de um estrondo alto.
Eu: Faça o
que quiser comigo, mas, por favor, solte a minha filha... Eu imploro... – pedi
suplicante, sentindo um fio de lágrima descer pela maçã do meu rosto.
Thomas riu desdenhosamente, passando
seus dedos pelos meus cabelos.
Thomas: Não é tão
fácil assim... – ele disse, perto da minha orelha.
Em seguida, uma mulher de cabelos
pretos entrou no cômodo. A reconheci imediatamente: era Claire.
Claire: Ora, ora,
Katy... – ela sorriu pelo canto dos
lábios, me fitando. – Olhe o seu estado...
Eu: Por que
estão fazendo isso? Onde está El? – perguntei, chorando.
Claire: É
simples, querida... Eu tenho algo que você quer, você tem algo que eu quero e
Tom quer você – ela respondeu, erguendo uma sobrancelha. – Todos saem
ganhando...
Eu: Eu
imploro novamente... Façam o que quiserem comigo, mas soltem a minha filha... –
disse, indignada com tudo o que ouvira.
Thomas: Eu passei
muito tempo sem ter você... Não é agora que vou deixa-la escapar... – ele
disse, sorrindo pelo canto dos lábios.
Claire: E o seu noivo nasceu para ser meu. Você o tirou de mim, e agora eu o
tirarei de você. Se for possível, você será dita como morta – ela sorriu.
Eu: Vocês são
podres... – retorqui, sentindo uma
súbita raiva se apoderar de mim.
Eleanor: MAMÃE! –
ela gritou, aparecendo na porta, com o rosto vermelho e molhado de lágrimas.
Claire: EU JÁ NÃO
DISSE PARA VOCÊ NÃO SAIR DO CANTINHO? – ela berrou, fazendo o choro de Eleanor
aumentar.
Eu: NÃO GRITE
COM A MINHA FILHA, PORRA! – berrei com extremo ódio. Em seguida, senti o lado
direito do meu rosto arder: Claire me dera um tapa.
Thomas: Eu tentei
te ensinar a não faltar com o respeito, mas você não ouviu... – ele sorriu pelo
canto dos lábios, me fitando.
Claire: Deixem-nas
aí, Thomas... Tenho coisas mais importantes a tratar – ela deu uma breve
risadinha e saiu do cômodo.
Thomas: E nem
tente fugir... Temos vigias aqui – ele sorriu, empurrando Eleanor porta adentro
e saindo da sala, tomando o cuidado de fechar a porta com uma chave.
Tudo ficara escuro. Deslizei pela
parede, sentando-me no chão sujo. Pude ouvir o choro de Eleanor, que se
aproximou de mim, lentamente, e me abraçou pelo ombro.
Eu: Me
desculpe, filha... Eu... Eu... – comecei, mas parei de falar assim que notei
que as mãos da garota estavam livres. – El, você consegue pegar o celular da
mamãe, aqui no bolso do short? – perguntei, levantando-me com dificuldade. Me
virei de costas para Eleanor, que tateou os bolsos e, segundos depois, tirou o
celular do meu bolso. – Certo... Agora como vou digitar? – disse mais para mim
do que para a garota. Pensei por alguns segundos, até encontrar a solução. –
Minha filha... – comecei, ainda de costas. – Segura o celular de cabeça para
baixo, pra mamãe poder digitar o número do celular do papai – pedi. Eleanor
colocou o aparelho de cabeça para baixo.
Com certa dificuldade, digitei o número
de Harry na tela do celular e, enquanto chamava, pensei o quão idiotas Thomas e
Claire foram ao não me revistar e manter as mãos de Eleanor desatadas. Segundos
depois, o moreno atendeu:
~Ligação ON~
Harry: ONDE
VOCÊS ESTÃO? – ele berrou nervoso.
Eu: Escute
bem... Thomas e Claire nos sequestraram – respondi. Expliquei rapidamente o que
acontecera (sendo interrompida, por vezes, por Eleanor, que dizia “eu te amo,
papai” e “socorro”), e dei o endereço para Harry. – Por favor, tire a gente
daqui... – finalizei, chorando.
Harry: Não se
preocupe meu amor. Vou chamar a polícia – ele disse, aflito. Nesse momento,
ouvi um barulho na casa. Sem pensar muito, dei um tapa na mão de Eleanor que,
com o susto, jogou o celular no chão, que desligou.
Ouvi alguns passos se aproximarem e,
segundos depois, ouvi o som da chave sendo colocada na fechadura; a maçaneta girou
e Thomas e Claire entraram no cômodo.
Eu: Desistiram
de ir? – perguntei, erguendo uma sobrancelha.
Thomas: Não lhe
devemos satisfações, e... Aquilo é um
celular? – ele perguntou, fitando o aparelho jogado no chão.
Eleanor: É da
minha mamãe... Ela ligou pro...
Eu: Eu não
sei – repliquei, em voz alta, abafando a voz de Eleanor.
Thomas: Claire,
leve a garota para comer algo... – ele disse, me fitando. – Vou ter uma
conversinha com essa aqui...
Claire: Vamos,
pirralha... Anda! – ela gritou,
levando Eleanor para fora do cômodo pelo braço.
Thomas se aproximou ameaçador.
Thomas: É
engraçado... Parece que você não se cansa de sofrer... – ele sorriu, me
empurrando para a parede, com força. – Eu não sei o que eu faço primeiro... Se
te beijo ou se te bato... – ele riu com sarcasmo, deixando o seu rosto próximo
do meu. – Ou se eu faço os dois – ele
disse e, segundos depois, senti uma dor alucinante na boca do estômago e os
lábios de Thomas nos meus.
Não tive forças para revidar ou
empurrar o garoto, que teimava em continuar me beijando. Entretanto, na
primeira oportunidade que tive, mordi a língua do loiro.
Thomas: Puta que
pariu, sua vadia! – ele gritou, dando um segundo soco na boca do meu estômago.
A dor fora tanta que eu me ajoelhei,
chorando.
XxXx: Nem pense
nisso... – ouvi a voz rouca dizer, quando Thomas ameaçou me dar um tapa na
cara.
OMG OMG OMG,
ResponderExcluirEstou pirando aki....
E me desculpa, novamente, por ñ comentar, é q com a volta as aulas ando um pouco ocupada, com muitas tarefas pra fazer...
Mas saiba q sempre vou estra te acompanhando ol? Mesmo q ñ comente....
I <3 U
Aaaaaah, eu estava chegando a pensar que você tinha me abandonado, Lari USHUAHSUA
ResponderExcluirMuito obrigada por ter me acompanhado até aqui, sério. Espero que goste do último capítulo. Obrigada por tudo, viu? Te amo, leitora favorita <3