domingo, 4 de agosto de 2013

Love While We're Young (2ª Temporada) – Capítulo Quarenta e Três – Beto, mamãe e papai

Capítulo Quarenta e Três – Beto, mamãe e papai

         O meu coração deu um salto.
Eu: Beto? – perguntei, esperançosa. Em seguida, os meus olhos foram destampados. Me virei, quase que momentaneamente, e fitei o homem de cabelos pretos e alargador nas duas orelhas.
Beto: Acertou – ele sorriu pelo canto dos lábios, enquanto dava a volta pelo sofá e se agachava na minha frente. O moreno trazia em suas mãos uma rosa azul. – Feliz aniversário e... Parabéns pela pequena. Ela é a sua cara – ele sorriu, fitando Eleanor, que continuava adormecida nos meus braços. – E isto... É para você – ele sorriu e olhou para a rosa em sua mão. – Mas, como está com as mãos ocupadas, vou deixar aqui... – ele colocou a rosa em um vaso que se encontrava em cima da mesinha de centro. – Posso segurá-la? – ele perguntou, fitando Eleanor.
Eu: Claro... – respondi, sorrindo, colocando Eleanor nos braços de Beto, que se levantou cautelosamente, balançando Eleanor com calma e lentidão.
         Sorri para Beto e fitei Harry, que observava a tudo, calado. O moreno levava no rosto uma expressão que misturava ciúmes e tranquilidade.
Manu: Então, gente... Vamos deixar Beto, Katy e Harry conversando, enquanto preparamos tudo? – ela perguntou, tentando dispersar toda a tensão que se acumulara no ar. Todos concordaram.
Louis: Vou deixar Teddy dormindo no berço da El, ok? – ele perguntou. Harry e eu assentimos, e Louis levantou-se do sofá e subiu as escadas, enquanto o resto ia para a cozinha. Em seguida, desceu.
         (Harry e eu havíamos decidido que eu iria me mudar para a sua casa e deixaríamos a minha para Louis, que poderia ir pedir a nossa ajuda sempre que precisasse. O berço de Eleanor ficaria temporariamente no quarto de Harry, enquanto o mesmo e eu comprávamos as últimas coisinhas para o quarto da criança, que ficara no antigo quarto de hóspedes, e que fora devidamente reformado).
Beto: Me desculpe se não pude vir antes... Estava tudo uma loucura lá no Brasil – ele quebrou o incômodo silêncio de cinco minutos e me fitou. – Tive de explicar para a Júlia tudo o que estava acontecendo e queria fazer uma surpresa no seu aniversário...
Eu: Júlia...? – perguntei, temendo a resposta que viria a seguir.
Beto: Minha namorada – ele respondeu ainda me fitando. Não pude deixar de sentir um aperto no peito, o que era desnecessário.
Eu: Ah... Eu... Eu não sabia que você estava namorando... – repliquei, desviando o meu olhar para Harry, que não estava entendendo nenhuma palavra que nós dizíamos. – Se não se importar, acho que temos de falar em inglês – disse para Beto, já em inglês. Ele assentiu.
Harry: Bem melhor... – ele disse, sorrindo pelo canto dos lábios.
Beto: Eu não me canso em dizer que ela se parece com você... – ele disse, sorrindo para mim.  – Qual o nome dela? 
Eu: Eleanor... Em homenagem... Sabe... – respondi, enquanto Harry se sentava ao meu lado, pousando a sua mão esquerda na minha perna.
Beto: Ah, eu soube... Como ele reagiu, depois que tudo passou? – ele perguntou, olhando para Eleanor.
Harry: Ele se mudou para a casa da Catarina, para que nós pudéssemos ajuda-lo a qualquer momento – ele respondeu, em um tom seco. – E ela veio morar comigo...
         Respirei fundo, sinalizando a minha reprovação pelo comentário feito por Harry.
Beto: E como ficaram as coisas por aqui? Digo, depois que eu fui embora... – ele perguntou, ignorando a resposta que Harry dera segundos antes.
Harry: Dois meses depois de você ter ido, Catarina e eu nos reconciliamos; três meses depois da reconciliação, Ted nasceu e Els se foi... – ele parou de falar, notando a minha expressão reprovativa.
Eu: E, agora... A pequena Eleanor nasceu, e estamos aqui... – completei.
Beto: E a sua faculdade? – ele me fitou.
Eu: Continuei até o sétimo mês de gestação. Depois fiquei em repouso e voltarei quando o repouso terminar – respondi, também o fitando.
Beto: Aí você se formará... – ele comentou. Assenti com a cabeça, sorrindo pelo canto dos lábios. – Bom, vou devolvê-la para vocês... – ele sorriu, curvando-se para colocar, cautelosamente, Eleanor nos meus braços.
Eu: Vou coloca-la no berço... – avisei, levantando-me do sofá.
Harry: Eu vou com você – ele disse, levantando-se em seguida.
Eu: Beto... Se quiser, pode ir conversar com os outros enquanto colocamos Eleanor lá em cima – disse, observando Beto, que assentiu com a cabeça.
         Eu sorri e fui em direção à escada, acompanhada de Harry. O moreno me ajudou a subir os degraus e, ao entrarmos em seu quarto, fechou a porta.
Harry: Não gosto da forma com que ele olha para você – ele disse, aborrecido, enquanto eu colocava Eleanor no berço, ao lado de Teddy, com todo o cuidado do mundo.
Eu: Não começa… - comentei, olhando para as mesinhas de cabeceira. – Viu onde coloquei a babá-eletrônica? – perguntei, notando a falta do aparelhinho que mais parecia um radinho.
Harry: Louis deve ter levado lá para baixo, pra ficar de “olho” em Ted – ele respondeu, cruzando os braços em frente ao peito. – E não venha com “não começa”. Ele tá te olhando muito...
         Me sentei na beira da cama e fitei Harry.
Eu: Ele está namorando, Harry – repliquei, aborrecida.
Harry: Isso não impede que ele te olhe… - ele erguei uma sobrancelha. – Quando eu estava namorando a Claire, eu não parava de te olhar.
Eu: Isso é completamente diferente… - retorqui, fitando Harry com um olhar de censura.
Harry: Não é, Katy! Ele é o seu ex, eu era o seu ex... Entenda o meu ponto de vista! – ele exclamou.
Eu: Eu estou quase te mandando ir tomar em um lugar bem desagradável, Harry... – disse, observando Harry se aproximar de mim e rir. O moreno apoiou as suas mãos na cama, uma em cada lado do meu corpo, e me encarou, com o corpo inclinado para frente. – Entenda, Styles: eu podia ter me casado com Beto, há sete meses. Mas não me casei. Optei por ficar com você... Mesmo que tentando resistir... – e olhei para seus lábios levemente rosados e tentadores.
Harry: O que não deu muito certo, não é? – ele sorriu pelo canto dos lábios, me fitando.
Eu: Então se é a segunda vez que eu estou com você, é porque eu não desisti da gente. Eu te amo, bosta – sussurrei perto da boca de Harry. O mesmo sorriu, sem mostrar os dentes. 
Harry: Certo... Você me convenceu... – ele sussurrou e, lentamente, encostou seus lábios macios nos meus, iniciando um beijo lento e carinhoso. Eu sorri entre o beijo, pousando a mão direita nos cabelos cacheados do moreno, que mordeu o meu lábio inferior, com desejo. Em seguida ele parou o beijo, subitamente, e foi apressadamente até a sua mesinha de cabeceira. – Esqueci completamente... – ele disse vagamente, revirando a gaveta da mesinha. Após encontrar o que estava procurando, Harry se aproximou de mim, escondendo o objeto atrás de si. Em seguida, o moreno ajoelhou-se à minha frente e, lentamente, tirou o objeto de trás de si: era uma pequena caixa de veludo avermelhado, da qual ele abriu, expondo um pequeno anel prateado com uma pedrinha de brilhante. – Talvez seja tarde para pedir, mas... Quero que seja a minha Srta. Styles... Casa comigo, Katy? – ele sorriu pelo canto dos lábios.
         O meu coração estava batendo aceleradamente, e não pude deixar de escapar um suspiro de alegria,
Eu: Claro... Claro que eu caso, Styles – respondi, sorrindo. Harry abriu um largo sorriso e, lentamente, tirou o anel da caixinha e o colocou no meu anelar da mão direita.
Harry: Quero que você seja minha para sempre... Eu te amo – ele sorriu e me beijou brevemente. Em seguida, alguém bateu na porta do quarto e entrou, sem esperar por uma resposta: era Manu.
Manu: Tem alguém aqui querendo te ver, Katy – ela sorriu, dando espaço para que alguém entrasse.
         Dudu e Andréia entraram no quarto. Me levantei imediatamente, quando a minha mão se aproximara e me abraçara com força, enquanto o meu pai cumprimentava Harry. Logo, os dois estavam parados na beira do berço, observando Eleanor.
Mãe: Qual o nome que escolheram para ela? – ela perguntou, sorridente, em um inglês arranhado.
Harry e eu: Eleanor – respondemos, juntos.
Pai: É um belo nome... – ele comentou, também em um inglês enferrujado.
Eu: Sim... – concordei, também observando Eleanor, que continuava adormecida, absorta em seus pequenos sonhos.

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