Capítulo Quarenta e Um – Back to black
Uma semana havia se passado desde a
morte de Eleanor. A beira da praia estava encoberta pelo luto. Harry me abraçou
por trás, enquanto eu observava o mar revolto e o céu nublado.
Eu: Parece
que a natureza sabe sobre o que aconteceu... – comentei, virando-me para Harry.
O moreno vestia uma calça jeans, uma camiseta, uma jaqueta e um sapato – todo
preto, e usava uns óculos escuros. – Como ele está? – perguntei, olhando para
Louis, que se encontrava em um ponto mais distante do resto.
Harry: Abalado...
– ele respondeu, também olhando para Louis. Logo, Liam e Zayn se aproximaram de
nós.
Liam: Não foi
uma semana fácil para ele... – ele comentou, observando Louis abaixar a cabeça,
chorando.
Zayn: Nem para
Perrie... – ele comentou, observando Perrie (que usava um vestido preto e,
assim como todos os que foram prestar suas últimas homenagens para Eleanor,
usava óculos escuros) se aproximar de Louis e abraça-lo pelo ombro.
Ficamos em silêncio por alguns minutos,
observando o mar. Louis, seus pais, os pais de Eleanor, alguns amigos próximos
da garota, Perrie, Zayn, Liam, Harry, Niall, Cassia, Manu e eu estávamos na
praia. Eleanor havia sido cremada e, assim como Mary, suas cinzas seriam
jogadas ao mar.
Fixei os meus olhos em Johannah, que
segurava o pequeno Teddy nos braços.
Eu: Como
Acham que Louis irá criar Teddy? – perguntei, quebrando o silêncio entre o
grupo.
Harry: Louis não
está sozinho... Vamos ajuda-lo com o que for necessário – ele respondeu,
colocando as mãos na minha cintura, por cima do vestido de seda
preto e largo o suficiente para abrigar a minha barriga.
Ficamos por mais alguns minutos
refletindo, até Perrie se aproximar, chorosa, avisando que Louis iria dizer
algumas palavras antes de jogar as cinzas de Eleanor ao mar. Zayn a abraçou
pela cintura e, calmamente, todos foram se aproximando de Louis, à beira da
praia.
Louis: Bem... –
ele respirou fundo, enquanto a mãe de Eleanor o abraçava pelo ombro. – Não é
fácil para mim dizer adeus, dessa forma... Eleanor foi sempre uma garota
fantástica. Ela... Ela era maravilhosa. Ela sempre colocava as outras pessoas
em primeiro lugar, e isso me encantava... E ela... Ela decidiu partir para que
o pequeno Teddy chegasse... – nesse momento, ele começou a chorar. – Eleanor,
de onde quer que você esteja... Eu quero que saiba... Quero que saiba que eu te
amo muito. Você será a minha princesa, para sempre... E não importa o que
aconteça, eu vou sempre cuidar do nosso pequeno Teddy porque, perto dele, eu
sinto como se você estivesse comigo... – ele fez uma breve pausa, fitando a
pequena caixa de veludo em suas mãos. – Você sempre será a minha Sra.
Tomlinson... Eu te amo... – e, depois de hesitar por alguns segundos, abriu a
caixinha e jogou as cinzas, que o vento levou carinhosamente até o mar.
Dois meses depois...
- 23 de novembro de 2013 –
Eu gritava desesperadamente, sentindo
que a minha barriga poderia explodir a qualquer momento. Estava segurando a mão
de Harry, com força, enquanto os médicos preparavam-se para fazer o meu
trabalho de parto.
Harry: Vai dar
tudo certo... – ele sussurrou por baixo da máscara cirúrgica.
Eu tentei assentir, porém a dor
alucinante não deixava que eu fizesse mais do que gritar e apertar a mão de
Harry. O mesmo médico que realizara o parto de Eleanor, o Dr. Roberts, me
olhou.
Dr. Roberts: Srta. Dunst, pedimos agora que faça força – ele disse, enquanto a equipe
médica fazia sinal de prontidão. – Em 3, 2, 1... Força!
Comecei a fazer toda a força que pude,
ignorando toda a dor que estava sentindo na região do ventre. Enquanto fazia
força e apertava a mão de Harry (que estava tão tenso que parecia que iria
desmaiar), pensei em Eleanor, e em como eu estava com medo do parto. Fiquei com
medo de ter o mesmo fim de Eleanor, mas lembrei do quão corajosa a garota fora
ao arriscar sua vida pela do seu bebê.
XxXx: Estamos
vendo a cabeça do bebê! Está vindo! – ouvi uma voz feminina dizer, depois de
mais ou menos uma hora. – Força, Srta. Dunst! Força!
Assenti com a cabeça, fazendo toda a
força possível, sem soltar a mão de Harry, que poderia estar quebrada a esta
altura. Me concentrei em um só desejo: ter o pequeno bebê em meus braços.
Dr. Roberts: Força, Catarina! Força! – ele exclamou, em um tom feliz e encorajador. –
A cabeça saiu!
Harry: Força,
meu amor... – ele sussurrou, sorrindo. Assenti, fazendo força. E, depois de
vinte minutos, ouvi o Dr. Roberts exclamar:
Dr. Roberts: É uma menina!
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