Capítulo Trinta e Dois – “Meus crimes”
Tomei um longo banho quente, tentando apagar a
tristeza pelo fato de Beto não ter voltado e pela recém perda da minha
virgindade.
Estava com nojo de Harry; estava com nojo
de mim mesma... Não podia e nem queria acreditar e aceitar que perdera uma
coisa tão valiosa como a minha virgindade quando estava em um estado tão
podre... Bêbada.
E o pior de tudo era ter traído Beto –
ainda mais em um ponto tão alto da nossa crise de noivado. Nunca mais iria conseguir
viver ao lado do moreno com aquela culpa atormentando a minha consciência.
Eu: Deus, me
ajude... – supliquei, depois de vestir o meu robe de seda lilás por cima do
pijama de frio. Respirei fundo, me sentando no tapete da sala.
Depois de vinte minutos mergulhada em trágicos
pensamentos, ouvi a porta de entrada se abrir. Sem pensar muito, me levantei do
tapete, lançando um olhar esperançoso para o estreito corredor de entrada. Em
seguida, presenciei a cena de Beto, pálido e atordoado, vomitando no tapete de
limpar os pés.
Corri até o moreno, envolvendo os meus
braços em seus ombros largos. Em seguida, com grande esforço, o levei até o
sofá, onde o sentei.
Beto: Sai...
de... perto de... mim – ele disse, com a voz embriagada.
Eu: Puta que te pariu, Beto! – exclamei, irritada. Estava com uma vontade
enorme de espancar o garoto.
Beto: Puta que te pariu... – ele replicou, um tanto
sonolento.
Eu: Eu te
odeio... – murmurei, levantando-o novamente pelos ombros.
Com muito esforço, consegui levar Beto
até o banheiro, onde lhe dei um longo banho morno. Depois de obriga-lo e ajuda-lo
a vestir o pijama, o conduzi até a cama, onde o deitei cuidadosamente.
Preparei um chá de hortelão e o levei,
em uma caneca, até o quarto, onde obriguei Beto a bebê-lo lentamente, para evitar
que se queimasse. Logo, o moreno dormia feito um bebê.
Fiquei sentada no outro lado da cama, observando
Beto dormir enquanto mexia em seus cabelos extremamente pretos. Estava
nitidamente evidente que o moreno havia passado a noite inteira em um pub, enchendo a cara.
Eu: Você não
faz ideia do quanto fiquei preocupada com você, seu babaca – murmurei,
respirando fundo.
Talvez, se Beto não tivesse tido aquele
ataque de ciúmes, nada do que acontecera durante a noite teria acontecido. Não
estava culpando Beto por ter acontecido o que aconteceu. Porém, parcela da
culpa era sua.
Enquanto eu observava o rosto perfeito
de Beto, o meu celular começou a tocar. Na tela, apareceu um número
desconhecido. Atendi.
~Ligação ON~
XxXx: Katy...? –
ouvi a voz rouca que tanto me perseguia.
Eu: Como
encontrou o meu número? – perguntei, com frieza.
Harry: Não
importa... – ele respondeu, no mesmo tom. – Posso explicar o que aconteceu...?
Eu: Não... E
não torne a ligar! – exclamei, desligando o celular.
~Ligação OFF~
Respirei fundo, sentindo todos os músculos do meu
corpo ficarem tensos. Não queria mais encarar os olhos azuis de Harry Styles.
Queria que ele simplesmente... sumisse.
Olhei para Beto. Não pude deixar de sentir uma
pontada de pena do moreno, que ressonava feito uma criança. A imagem de Beto
bebendo garrafas e garrafas de uísque, chorando, não saia da minha cabeça.
Eu: Mas a
culpa não é minha! – exclamei, respondendo à minha consciência, que martelava
dizendo: “ele bebeu e você transou com
Harry Styles...”.
Custava a aceitar que fiquei bêbada e
transei com Harry. Me sentia suja. Me sentia tola por ter me deixado levar a um
ponto tão deplorável. Beber, para mim, era um crime inafiançável. E trair Beto era um crime muito maior.
OMG q lindo.. Continua flor *-*
ResponderExcluirAwn, obrigada! Se a criatividade aflorar aqui, posto amanhã :3
ExcluirMUITO obrigada por estar comentando. Significa muito pra mim :3