sábado, 6 de julho de 2013

Love While We're Young (2ª Temporada) – Capítulo Trinta e Dois – "Meus crimes"


Capítulo Trinta e Dois – “Meus crimes”

            Tomei um longo banho quente, tentando apagar a tristeza pelo fato de Beto não ter voltado e pela recém perda da minha virgindade.
         Estava com nojo de Harry; estava com nojo de mim mesma... Não podia e nem queria acreditar e aceitar que perdera uma coisa tão valiosa como a minha virgindade quando estava em um estado tão podre... Bêbada.
         E o pior de tudo era ter traído Beto – ainda mais em um ponto tão alto da nossa crise de noivado. Nunca mais iria conseguir viver ao lado do moreno com aquela culpa atormentando a minha consciência.
Eu: Deus, me ajude... – supliquei, depois de vestir o meu robe de seda lilás por cima do pijama de frio. Respirei fundo, me sentando no tapete da sala.

         Depois de vinte minutos mergulhada em trágicos pensamentos, ouvi a porta de entrada se abrir. Sem pensar muito, me levantei do tapete, lançando um olhar esperançoso para o estreito corredor de entrada. Em seguida, presenciei a cena de Beto, pálido e atordoado, vomitando no tapete de limpar os pés.
         Corri até o moreno, envolvendo os meus braços em seus ombros largos. Em seguida, com grande esforço, o levei até o sofá, onde o sentei.
Beto: Sai... de... perto de... mim – ele disse, com a voz embriagada.
Eu: Puta que te pariu, Beto! – exclamei, irritada. Estava com uma vontade enorme de espancar o garoto.
Beto: Puta que te pariu... – ele replicou, um tanto sonolento.
Eu: Eu te odeio... – murmurei, levantando-o novamente pelos ombros.

         Com muito esforço, consegui levar Beto até o banheiro, onde lhe dei um longo banho morno. Depois de obriga-lo e ajuda-lo a vestir o pijama, o conduzi até a cama, onde o deitei cuidadosamente.
             
         Preparei um chá de hortelão e o levei, em uma caneca, até o quarto, onde obriguei Beto a bebê-lo lentamente, para evitar que se queimasse. Logo, o moreno dormia feito um bebê.
            Fiquei sentada no outro lado da cama, observando Beto dormir enquanto mexia em seus cabelos extremamente pretos. Estava nitidamente evidente que o moreno havia passado a noite inteira em um pub, enchendo a cara.
Eu: Você não faz ideia do quanto fiquei preocupada com você, seu babaca – murmurei, respirando fundo.
         Talvez, se Beto não tivesse tido aquele ataque de ciúmes, nada do que acontecera durante a noite teria acontecido. Não estava culpando Beto por ter acontecido o que aconteceu. Porém, parcela da culpa era sua.
         Enquanto eu observava o rosto perfeito de Beto, o meu celular começou a tocar. Na tela, apareceu um número desconhecido. Atendi.
~Ligação ON~
XxXx: Katy...? – ouvi a voz rouca que tanto me perseguia.
Eu: Como encontrou o meu número? – perguntei, com frieza.
Harry: Não importa... – ele respondeu, no mesmo tom. – Posso explicar o que aconteceu...?
Eu: Não... E não torne a ligar! – exclamei, desligando o celular.
~Ligação OFF~
            Respirei fundo, sentindo todos os músculos do meu corpo ficarem tensos. Não queria mais encarar os olhos azuis de Harry Styles. Queria que ele simplesmente... sumisse.
         Olhei para Beto. Não pude deixar de sentir uma pontada de pena do moreno, que ressonava feito uma criança. A imagem de Beto bebendo garrafas e garrafas de uísque, chorando, não saia da minha cabeça.
Eu: Mas a culpa não é minha! – exclamei, respondendo à minha consciência, que martelava dizendo: “ele bebeu e você transou com Harry Styles...”.
         Custava a aceitar que fiquei bêbada e transei com Harry. Me sentia suja. Me sentia tola por ter me deixado levar a um ponto tão deplorável. Beber, para mim, era um crime inafiançável. E trair Beto era um crime muito maior.

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Awn, obrigada! Se a criatividade aflorar aqui, posto amanhã :3
      MUITO obrigada por estar comentando. Significa muito pra mim :3

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