Capítulo Trinta e Um – ’’ Você não faz ideia do
quanto dói...’’
Estávamos sentados na beira da piscina
há meia hora.
Harry: Quando
vão se casar? – ele perguntou, bebendo um gole da bebida, direto da garrafa.
Eu: Mês que
vem, se não estivermos em crise – respondi, balançando os meus pés na água.
Bebi um grande gole da vodka da mesma
garrafa em que o moreno bebera.
Harry riu, me fitando.
Harry: O que viu
nele? – ele fixou o olhar em mim.
Respirei fundo, fitando-o.
Eu: Ele é
carinhoso... Ele me trata como nenhum homem jamais me tratou – fixei o olhar em
Harry, deixando um sorriso bobo escapar nos meus lábios.
Harry: Tem
certeza de que nenhum outro homem te tratou bem? – ele me fitou, erguendo uma
sobrancelha.
Fixei o olhar nos olhos azuis do
moreno.
Eu: Se o que
você está querendo fazer é voltar à um ano atrás, esqueça... – respondi, com a
voz falhando.
Harry: Não é
isso o que quero fazer. Só quero que não seja injusta comigo, entende? – ele
respirou fundo, fazendo uma pequena pausa para beber alguns goles de vodka. – Eu fiz tudo o que pude por
você... Por nós.
Eu: Inclusive
me trair – comentei, amargurada, bebendo um gole da bebida.
Harry: Eu já
disse que não foi por mal! – ele exclamou, irritadiço.
Eu: Então foi
por…? – exclamei; mas Harry me interrompeu, pousando o dedo indicador nos meus
lábios.
Harry: Por
favor… Não começa a brigar comigo – ele sussurrou, suplicante. – Você não faz
ideia do quanto dói quando brigamos... – ele me fitou.
Respirei fundo, abaixando a minha
cabeça.
Eu: Você não
faz ideia do quanto dói saber que não conseguimos dar certo... – sussurrei,
sentindo o gélido fio de lágrima rolar pelas maçãs do meu rosto.
Harry pousou a sua mão no meu queixo e,
carinhosamente, levantou o meu rosto. Encarei seus olhos azuis, enquanto o
moreno passava a mão livre pela lateral do meu rosto.
Fechei os meus olhos, e logo aconteceu
o que eu ansiava; senti a respiração pesada de Harry se aproximar e,
lentamente, senti o gosto de seus lábios.
Harry me beijou lenta e carinhosamente
e, quando finalmente retribuí ao seu beijo, o moreno desceu as mãos para as
laterais do meu corpo.
Harry: E você
não faz ideia do quanto dói saber que é ele quem sente o gosto do teu beijo, e
não eu – ele sussurrou, depois de pararmos o beijo, sem fôlego.
Eu: O mesmo
eu digo em relação à Claire – retorqui, encostando a minha testa na testa de
Harry. O mesmo esboçou um sorriso pelo canto dos lábios.
Harry: Eu te amo... – ele sussurrou, depois de alguns segundos em
silêncio. Em seguida, encostou novamente os seus lábios nos meus.
Voltamos a nos beijar, desta vez com
mais intensidade. Harry se levantou, sem parar de me beijar, e me pegou no
colo, indo em direção à porta que dava para a cozinha.
O moreno me sentou em cima do balcão,
ficando entre as minhas pernas. Em seguida, tirou o meu casaco e o jogou no
outro extremo do balcão.
Eu: Harry...
– sussurrei, quando Harry ameaçou tirar a minha camiseta.
Harry: Relaxa...
Vai dar tudo certo – ele sorriu, piscando.
Abri os olhos, lentamente. A minha
cabeça estava doendo e eu estava me sentindo ligeiramente enjoada. Olhei em
volta, reconhecendo o já tão conhecido quarto.
Sentei na cama, olhando para o meu
corpo seminu. Em seguida, vi a maçaneta da porta girar e, em um rápido
movimento, me cobri com o lençol, observando Harry adentrar no quarto, usando
apenas uma cueca box preta.
Harry: Bom dia!
– ele exclamou, sorrindo. O moreno sentou-se ao meu lado. Me afastei e levantei
quando ele tentou encostar os seus lábios nos meus. – O que aconteceu...? – ele
me fitou, sem entender.
Eu: EU
CONFIEI EM VOCÊ! – berrei, juntando a minha blusa que estava no chão. – E AGORA
EU SEI PORQUÊ QUERIA TANTO QUE EU BEBESSE A PORRA
DA VODKA!
Harry: Hãn...?
Eu... Eu não tive a intenção... – ele me fitou, sem terminar a frase.
Eu: TEVE SIM!
VOCÊ SABIA! SABIA QUE PODERIA FAZER QUALQUER COISA, COMIGO ESTANDO BÊBADA! –
berrei, largando o lençol no chão e vestindo a blusa.
Harry: Hein?
Você ficou louca? Tinha alguma droga na sua bebida? – ele esboçou um sorriso
desdenhoso.
Eu: VAI SE
FODER, STYLES! – berrei, juntando a minha calça, que estava no outro lado do
quarto. Vesti a mesma, chorando de raiva.
Harry: Ei,
escuta… - ele se levantou da cama e se aproximou.
Eu: SAI DE
PERTO DE MIM! – gritei, abrindo a porta do quarto e saindo do cômodo. Passei
pelo corredor – onde juntei as botas e as minhas meias, que estavam espalhadas
pelo chão – e desci as escadas, levando-as nas mãos.
Harry: Me deixa
explicar! – ele exclamou do pé da escada, enquanto eu abria a porta de entrada.
Eu: NÃO! A
MINHA CONFIANÇA EM VOCÊ SE FOI! – berrei, antes de sair porta afora, tomando o
cuidado de batê-la ao passar.
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