Capítulo Trinta – Boas e más notícias
Depois de várias tentativas, finalmente
Beto e Harry conseguiram nos separar. A essa altura, todos da festa estavam
concentrados na cozinha. Beto me abraçou, enquanto eu chorava de raiva.
Claire: Ela é
louca! – ela exclamou, chorando.
Harry: Para de
drama, Claire – ele comentou, assistindo a namorada ter um surto.
Claire: PARA DE
DRAMA? PARA DE DRAMA? ELA ME
MACHUCOU! – ela berrou, fazendo Harry abafar um riso.
Niall: OK,
PESSOAL! VAMOS SAINDO E CONTINUANDO A DANÇAR E COMER! – ele berrou, enquanto as
pessoas saiam lentamente da cozinha, até restar Beto, Harry, Niall, Zayn,
Louis, Liam, Claire e eu.
Liam: Me
expliquem o que aconteceu – ele pediu.
Eu: Ela me
chamou de vadia e eu dei um tapa na cara dela! – exclamei, esganiçada.
Claire: Chamei
ela de vadia mesmo! Mas porque eu entrei na cozinha e ela estava agarrada o meu Harry! – ela exclamou, chorosa.
Beto me olhou, enquanto eu chorava e
soluçava.
Beto: Isso é
verdade, Catarina?
Eu: Bem...
Harry: Foi tudo
minha culpa... – ele disse, fazendo com que todos ali presentes o olhassem.
Harry contou desde a apresentação à sua
mãe, até a vodka.
Beto: Querem
saber...? Tô indo – ele disse, me soltando. Sem me olhar, ele saiu da cozinha.
Meu choro, que havia cessado, voltou.
Liam e Louis me abraçaram, enquanto o restante saía do cômodo.
Eu: Onde está
a Eleanor, Louis? – perguntei, soluçante.
Louis: Chegou
faz um tempinho... – ele respondeu, sorrindo.
Eu: E a
Perrie?
Liam: Bem... –
ele coçou a nuca. – Perrie e Zayn brigaram, e... Ela foi pra Califórnia.
Eu: ELA O
QUÊ? QUANDO ISSO ACONTECEU? – berrei.
Louis: Semana
passada – ele respondeu. Neste momento, Manu, Cassia e Eleanor entraram na
cozinha.
Eu: Oh,
Els... – lamentei, me soltando de Liam e de Louis, indo abraçar Eleanor. – Por
que ela foi embora? – perguntei, chorando.
Eleanor: Eu sei,
Katy. Eu sei... – ela comentou, tristonha, retribuindo o meu abraço. – Mas não se preocupe... Tenho boas notícias
para depois da festa – ela piscou.
A casa voltara à sua paz original.
Claire preferira ir embora também, e restou Liam, Louis, Harry, Zayn, Niall,
Manu, Bryan, Cassia, Eleanor e eu.
Eleanor: EI, QUERO
DIZER UMAS PALAVRAS! – ela berrou, fazendo com que a conversa na sala cessasse.
– Louis... – ela olhou para Louis, sorrindo. – Faz dois anos que a gente namora
e hoje eu pude per, mais uma vez, que você está crescendo. Mas, mesmo
crescendo, você continua com as suas palhaçadas para fazer os outros rirem, e
esse é um dom que eu admiro em você. E eu espero... – nesse momento ela começou
a chorar. – Eu espero que você aceite bem, por que... – ela respirou fundo. –
Parabéns, papai.
Louis
entrou em estado de choque.
Louis: Você...
Você está grávida? – ele riu nervoso. Eleanor assentiu, sorrindo. Louis riu, se
ajoelhando aos pés de Eleanor. Ele colocou as mãos na barriga dela.
Todos começaram a gritar e aplaudir.
Eu: Já sabe
se é menino ou menina? – perguntei sorridente. Eleanor balançou a cabeça
negativamente.
Louis: E-ei,
pequeno ser... – ele sussurrou para a barriga de Eleanor, enquanto Zayn
levantava-se e saia da casa. – Papai tá aqui e vai cuidar de você...
Manu, Bryan, Cassia e eu nos despedimos
de todos, dando os parabéns para Louis e Eleanor. Ao sair da casa de Harry, vi
Zayn sentado na calçada, com um cigarro na mão direita. Dei um breve “tchau”
para Manu e companhia, e caminhei até onde Zayn estava.
Eu: Você
prometeu que não iria mais fumar – comentei, me sentando na calçada, ao lado do
moreno.
Zayn: Ela
prometeu que nunca iria partir, mas e daí? – ele deu de ombros, levando o
cigarro até a boca.
Eu: E por que
ela partiu? – ergui uma sobrancelha.
Zayn: Porque
ela é cabeça dura! – ele exclamou, com raiva. – Ela é ciumenta, e isso me deixa
louco! – ele expirou a fumaça.
Eu: Vá atrás
dela, então – respondi, sorrindo. – Porque eu sei que esse seu “louco” quer
dizer “apaixonado”.
Zayn: Não vou
ir até a Califórnia para pedir que ela volte. Ela que viva a vida dela – ele
retorquiu, amargurado.
Dei de ombros e me levantei. Dei uma
última olhada para Zayn antes de atravessar a rua e entrar em casa.
Beto: Onde
estava? – ele perguntou, descendo as escadas.
Eu: Na...
Beto: Ah,
lembrei... Devia estar bebendo vodka
com Harry Styles – ele me interrompeu, debochado.
Eu: Dá pra
parar de ser cruel? – perguntei, irritada.
Beto: Eu,
cruel? Cruel é você! – ele exclamou, também irritado. Em seguida, pegou seu
casaco e o vestiu.
Eu: Onde vai?
– perguntei, com a voz fraca.
Beto: Esfriar a
cabeça... – ele respondeu, indo até a porta e saindo, batendo-a em seguida.
A primeira coisa que fiz ao abrir os
olhos foi passar a mão no lado esquerdo da cama, que estava vazio. Antes de
levantar, olhei para o relógio, que marcava uma e meia da manhã.
Levantei, ainda com a roupa da festa.
Calcei as botas e desci as escadas, cautelosamente, com a esperança de que Beto
estivesse dormindo no sofá. Olhei para o assento – não estava.
Respirei fundo, caminhando até a sacola
com o relógio que eu havia comprado para Beto há mais de um mês. Havia deixado
a sacola ali, como de presente de Natal e noivado.
Em seguida, me dirigi para a porta de
entrada, abri a mesma e saí da casa, fechando-a. Sentei na calçada, sentindo o
vento da madrugada soprar no meu rosto.
Não sabia muito bem o que fazer e como
agir. Meu noivado com Beto estava em crise, e tudo por ciúmes. Cobri o meu
rosto com as mãos.
Eu: Por que
ele complica tanto? – murmurei para mim, respirando fundo.
XxXx: Sei lá.
Só acho que ele te ama... – ouvi a voz rouca dizer.
Eu: Não
aparece assim... – comentei, observando Harry rir, pelos espaços entre os meus
dedos.
Harry: Me diz...
Por que está se lamentando? – ele perguntou, sentando-se ao meu lado.
Eu: O Beto...
Ficou puto da vida, nós tivemos uma pequena briga, ele saiu de casa e não
voltou até agora – olhei para Harry, deixando os fios de lágrimas rolarem
livremente pelo meu rosto. – Tenho medo de que ele possa fazer alguma loucura.
Harry: Eu, se
fosse você, não me preocupava com isso – ele disse, simples. – Vem comigo...
Não vou te deixar sozinha, nem aqui na rua, nem em casa – ele levantou, me puxando
consigo.
Eu: Não,
Harry. Isso vai me complicar mais... – retorqui, parando.
Harry: Você
prefere esperar ele? Provavelmente, ele chegará bêbado – ele me fitou, dando de
ombros. Respirei fundo.
Eu: Tá, eu
vou com você... – respondi.
Segui Harry até sua casa. Ao entrar na
sala, me deparei com a bagunça da festa do dia anterior.
Harry: Não
repare na bagunça... Estou cansado para limpar... – ele sorriu pelo canto dos
lábios e me fitou. – Está com fome?
Eu: Estou
preocupada – respondi, fitando o moreno, que riu.
Harry: Venha...
Tenho algo que possa te deixar melhor – ele me puxou pela mão em direção à
cozinha. Ao chegarmos ao cômodo, Harry pegou de cima do balcão uma garrafa de vodka. – Agora sim você pode ficar
bêbada.
Eu: Ah,
não... A vodka de novo, não... –
reclamei, enquanto Harry me entregava a garrafa.
Harry: Relaxa...
A Claire já foi embora – ele mordiscou o próprio lábio.
Fitei Harry por alguns segundos.
Eu: Por que
insiste tanto? – perguntei, intrigada.
Harry: Porque
sei que, se você não beber, vai ficar angustiada – ele fixou o olhar em mim,
convicto.
Eu: Têm
razão, mas... – segurei o olhar em Harry. – Por que queria que eu bebesse
antes, na festa?
Harry: Porque eu
vi a tensão, nos seus olhos – ele me olhou tão fixamente, que parecia que
estava vendo a minha alma. – Beba... Vai se sentir melhor...
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