Capítulo Vinte e Oito – Um mês e vinte e dois dias
depois...
Um mês e vinte e dois dias depois...
Levantei-me lentamente da cama, tomando
cuidado para não acordar Beto, que adormecia no outro lado da cama. Ainda
sonolenta, caminhei até a janela e observei a rua.
Tudo estava encoberto de neve e o céu
da manhã de vinte e cinco de dezembro estava tão branco quanto à neve. Respirei
fundo e me virei para a cama, observando Beto.
Logo saí do quarto e desci as escadas
cautelosamente, com os pés ainda descalços. Me dirigi para a porta de entrada,
da qual abri cautelosamente.
Me encostei na porta, observando Harry
Styles limpar a neve que se acumulava na frente da porta de sua casa.
Eu: Ei, homem
da neve! – exclamei, divertida, fazendo com que Harry notasse a minha presença.
O mesmo riu, firmando a pá no chão e
apoiando-se no objeto.
Harry: Vá calçar
umas botas... Deve estar congelando! – ele exclamou, deixando a pá de lado, se
aproximando.
Eu: Não,
estou bem. E… Feliz Natal! – exclamei, abrindo um largo sorriso.
Harry: Feliz
Natal... – ele se escorou na parede, de frente para mim, sorrindo pelo canto
dos lábios.
Ficamos nos olhando por alguns poucos
minutos. Ele mantinha o sorriso no canto dos lábios, com os olhos azulados
fixos em mim.
Eu: O que
estão armando para o aniversário do Louis? – perguntei, um tanto sem graça com
os olhares que o garoto me lançava.
Harry: Uma
festinha básica, à noite – ele ampliou o sorriso. – Você vai, né?
Eu: Não
perderia por nada. Principalmente porque vocês fizeram as pazes – foi a minha
vez de sorrir pelo canto dos lábios.
Harry: Fico
feliz que vá – ele piscou. – E que, finalmente, conseguimos nos acertar.
Eu: Você e
Louis?
Harry: Você e eu
– ele sussurrou, aproximando o rosto do meu.
Olhei
fixamente para os olhos azuis do garoto, que se perdiam nos meus. Harry mordiscou
os próprios lábios, me fitando.
Eu: É... –
respondi com o tom de voz mais elevado, pigarreando. Harry riu, afastando-se
alguns centímetros. – É realmente ótimo – voltei a fitar os olhos do garoto.
Novamente o silêncio tomou conta do
local.
Harry: Bom...
Vou voltar a limpar a neve. Qualquer coisa... Chame – ele sorriu pelo canto dos
lábios. Assenti, observando Harry afastar-se.
Em seguida, voltei para dentro de casa.
Subi as escadas e adentrei no quarto, onde Beto ainda dormia. Sorri pelo canto
dos lábios, sentando-me na beira da cama.
Passei, lenta e cuidadosamente, a mão
pelos cabelos lisos e negros do garoto. De repente, Beto me puxou para sim, me
fazendo gritar.
Beto: Feliz
Natal! – ele exclamou, rindo da minha expressão assustada.
Eu: Feliz
Natal! – ri, enfim me recuperando do susto.
Beto sorriu enquanto eu me deitava na
cama e pousava a minha cabeça no seu peito.
Beto: É o nosso
primeiro Natal juntos – ele comentou, mexendo nos meus cabelos.
Eu: Por isso
que é especial – eu sorri, pensativa. – Mas sinto falta dos meus pais...
Beto: Ligue
para eles, ora – ele retorquiu simples.
Eu: Vou ver o
que faço... – sorri, olhando para Beto. – E o Sr. E a Sra. Martins?
Beto: Quê que têm
eles?
Eu: Vão vir
para o nosso casamento?
Beto: Creio que
sim – ele respondeu, dando de ombros. – E falando em casamento... – ele me
fitou. – Quando é que sai o nosso?
Eu: Em
janeiro? Porque, assim, os nossos familiares poderão vir sem problemas.
Beto: Janeiro é
uma boa... Aí, finalmente, você será a minha Sra. Martins – ele sorriu pelo
canto dos lábios.
Levantei um pouco e apoiei os meus
braços na cama – cada um em cada lado do abdômen de Beto. Fitei o moreno por
alguns segundos. O mesmo sorriu pelo canto dos lábios, me puxando para si pela
minha cintura, fazendo com que eu sentasse em seu colo. Beto sorriu, apertando
a minha cintura.
Eu: Já pensou
na possibilidade de termos um filho? – perguntei, passando os meus braços por
volta do pescoço do moreno.
Beto: Eu não penso em ter um filho com você. Eu quero ter um filho com você. Mas para isso...
– ele me fitou.
Eu: É...
Sobre isso... Eu tenho medo, sabe... – evitei olhar diretamente para os olhos
de Beto.
Beto: Medo de
quê? Ou... – ele me fitou fixamente. – Ou você é...?
Eu: Não! –
exclamei, assustando Beto. – Não sou...
Beto: Então por
quê...?
Eu: Vamos
tomar café? Tô morrendo de fome – o interrompi, me levantando do colo de Beto.
O mesmo me olhou como se eu estivesse louca e deu de ombros, levantando-se em
seguida.
Saí do quarto e desci as escadas, ouvindo
os passos de Beto atrás de mim. Fui direto para a cozinha, onde fui colocando a
mesa, enquanto Beto me observava, encostado no marco da porta.
Beto: Que horas
vai ser a festa do Louis? – ele perguntou.
Eu: Acho que
pelas oito – respondi, colocando a água para ferver. – Ah! Liga para a Cassia e
diz para ela estar aqui às sete e meia.
Beto
sorriu pelo canto dos lábios e assentiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário