Capítulo Vinte e Um –
Let Me Kiss You
Liam e eu
ficamos ali, por algum tempo. Ele me reconfortava quando eu teimava em dizer
que Beto estaria com raiva de mim.
Liam:
Ele vai entender... – ele dizia,
pouco divertido com a situação.
Eu teimei que não e olhei para o relógio.
Eu: Liam acho melhor você ir ensaiar para
o show e pras fotos.
Liam: Mas e você? – ele me fitou.
Eu: Estou bem. Agora vai! – exclamei,
abrindo um largo sorriso.
Liam: Tem certeza...?
Eu: Vai, Liam! – dei uma breve risada.
Liam riu e
se levantou.
Liam: Qualquer coisa, ligue.
Assenti
com a cabeça. Liam sorriu e saiu, deixando o silêncio retomar conta da casa.
Parecia
que eu estava revivendo a mesma cena de
um ano atrás, em que eu estava doente, Harry tinha de dar uma entrevista e,
preocupado, dizia que se algo acontecesse, era para eu ligar. Mas, agora, ao
invés de ser Harry, era Liam. E eu não estava doente fisicamente, mas
psicologicamente.
Respirei fundo,
olhando para o teto. Mesmo depois de tudo, de Harry ter me traído, algo dizia
para eu acreditar nele. Mesmo depois de sua reação, algo dentro de mim dizia para acreditar nele.
De
repente, a campainha tocou, despertando-me dois meus pensamentos. Levantei,
suspirando, e fui até a porta, abrindo-a em seguida. Era Harry. Estava
encostado, de lado, na parede. Ia fechar a porta, mas ele a segurou.
Harry: Vim buscar a minha camiseta da sorte
– ele disse, me olhando.
Eu: Vou busca-la – retorqui friamente, tentando
fechar a porta, novamente sem sucesso.
Quando me
dei por conta, Harry já estava dentro da casa. Grunhi e, lentamente, caminhei
até a área de serviço. Estava recolhendo a camiseta quando, de repente, senti
Harry me abraçar por trás.
Eu: Me solta – ordenei, com a voz fraca,
enquanto Harry roçava o seu nariz pelo meu pescoço.
Harry: Tava com saudades do seu abraço… -
ele sussurrou, ignorando a minha ordem.
Eu: Isso não é problema meu – sussurrei,
me virando e encarando seus belos olhos esverdeados. – Me solta, Styles – meu
tom não era mais de ordem, mas sim um pedido.
Harry: Mas está tão bom – ele sorriu pelo
canto dos lábios, enquanto apertava a minha cintura.
Eu: Estou falando sério, Styles –
retorqui, com a voz rouca.
Harry: E se eu não soltar? – ele sorria, me
olhando fixa e desafiadoramente.
Eu: Vou gritar – respondi, olhando-o.
Harry: Então grite – ele sussurrou, com o
rosto próximo do meu. – Se tiver folego, grite.
Olhei no
fundo dos olhos de Harry e, depois, para os seus lábios avermelhados. Ansiava
por algo. Algo que pudesse acontecer nos segundos seguintes.
Eu: Harry, por favor... – pedi,
sussurrando.
Harry: Não posso fazer nada que você não
queira – ele mantinha seu sorriso, agora provocante.
Eu: Eu... Eu não sei... – murmurei,
desviando o meu olhar dos lábios provocativos de Harry.
Harry riu
brevemente, apertando a minha cintura de forma possessiva.
Harry: Lembra de quando eu te beijava e você
sorria? – ele me fitava.
Eu:
Para de me
confundir, Styles! – exclamei, afastando-o de mim bruscamente, voltando para a
sala. – Numa hora você me trai, noutra me machuca e agora quer me beijar. O que
você quer? – o fitei, irritada, me sentando no sofá.
Harry:
Eu quero você! – ele
respondeu, sentando-se ao meu lado. – Deixa eu te mostrar que você pode confiar
em mim... – ele colocou sua mão direita nos meus cabelos e olhou fixamente nos
meus olhos.
Quando
eu ia responder, Harry pousou o dedo indicador, da mão livre, sobre os meus
lábios. Lentamente, ele inclinou seu corpo de uma forma que, segundos depois,
estava sobre o meu.
Harry
me encarou por um tempo, sorrindo. Ele mexia nos meus cabelos, bagunçando-os e
arrumando-os repetidamente. Eu o observava, sem qualquer reação.
Harry
sorriu pelo canto dos lábios e aproximou seu rosto do meu. Inconscientemente,
tampei a minha boca com as mãos. Ele riu e saiu de cima de mim.
Harry: Como eu disse, não vou fazer nada que
você não queira – e se levantou do sofá.
Me
levantei também, arrumando o meu cabelo.
Eu: Aqui está sua camiseta – entreguei a
camiseta para Harry. – Agora vai embora, ensaiar pras tuas bobagens – mandei,
caminhando até a porta, abrindo a mesmo.
Harry riu,
indo até a porta e saindo. Novamente, antes que eu pudesse fechá-la, ele a
segurou.
Harry: Eu continuo te amando – ele
sussurrou. Antes que eu pudesse ter qualquer reação com a frase dita, ele
pressionou, rapidamente, seus lábios nos meus e saiu, me deixando ali, parada,
piscando que nem uma tola.
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