Capítulo
Dezesseis – Mar de flashes.
Harry fechou a porta e me olhou.
Eu:
Isso acontece
sempre? – perguntei, fitando-o.
Harry:
Não. Só quando eu
saio. – ele respirou fundo. – Acho que alguém chamou eles.
Eu:
E se foi realmente
isso, sei bem quem foi... – olhei para Harry, significativamente.
Harry:
Clarkson! – ele
exclamou, com raiva. – Se eu pôr as minhas mãos naquele desgraçado...
Eu:
Isso não importa,
agora. – o interrompi. – Eu só sei que preciso sair daqui sem ser vista.
Harry:
Não posso fazer
milagres. – ele retorquiu, me olhando.
Eu:
Você tem ideia do
que vai acontecer se essas fotos pararem na internet, Styles? – perguntei,
nervosa.
Harry:
Dá para relaxar? –
ele me olhou, sério. – Parece até que a gente tá se comendo nas fotos, pela
forma que você está falando. – ele me lançou um olhar divertido em meio à sua
expressão séria.
Eu:
Nem vou mais perder
o meu tempo com você. – disse, irritada. – Você é um idiota que não sabe
resolver uma situação delicada com maturidade.
Harry:
Não sou um idiota! –
ele me olhou, indignado. – E sei muito bem resolver situações “delicadas” –
Harry fez sinal de aspas com as mãos – com maturidade.
Eu:
Então, por que não
está resolvendo esta situação
delicada com maturidade?
Harry:
Digamos que não
costumo receber visitas das minhas ex-namoradas. – ele respondeu, irônico.
No
momento em que eu ia retrucar, Manu entrou porta adentro, fechando-a em
seguida, impedindo a invasão de flashes.
Manu:
O
que é aquilo ali fora? –
ela nos olhou, intrigada.
Harry:
O Clarkson os
chamou. – ele respondeu, entre dentes.
Eu:
Não temos certeza
disso, Styles. – retorqui, sem olhá-lo.
Harry:
Você
não tem. Mas eu
tenho. – ele respirou fundo.
Manu:
Vamos, Catarina. –
ela me olhou.
Eu:
Tá maluca? Fumou ou
bebeu hoje? Cheirou algum tipo de cola? Se essas fotos pararem na internet, eu
estarei realmente fodida. – argumentei, nervosa.
Manu:
Para de drama. – ela
me puxou pela mão e, antes que eu pudesse dizer alguma coisa, já estávamos do
lado de fora da casa.
A
luz dos flashes invadiu os meus olhos. Coloquei a mão livre na frente do meu
rosto, enquanto Manu me puxava pela outra mão, me guiando.
Passamos
rapidamente pelos, mais ou menos, dez fotógrafos, e paramos na porta da minha
casa. Prontamente, Manu pegou a chave de seu bolso da calça e abriu a porta,
adentrando na casa e me puxando consigo.
Fechei
a porta o mais rápido possível, enquanto Manu fechava as cortinas da janela da
frente. Rapidamente, peguei a minha mochila, que estava em cima do sofá, e
olhei para Manu.
Manu:
E agora? – ela me
fitou.
Eu:
Podemos tentar sair
pela porta dos fundos. – respondi, colocando uma alça da mochila no ombro
direito.
Manu:
Tem uma...? – ela
estreitou os olhos.
Eu:
Tem. – a interrompi.
Manu assentiu, enquanto nos dirigíamos até a cozinha, onde, no fundo, se
localizava uma grande porta branca, de madeira.
Peguei
a chave da porta, em cima da geladeira, e abri a porta. Coloquei a cabeça para
fora, cuidadosamente. A rua estava mais calma do que a rua da frente. Saí da
casa, sendo seguida por Manu. Fechei a porta e guardei a chave no meu bolso.
Manu:
Acho que eles foram
embora. – ela comentou, enquanto dobrávamos a quadra e olhávamos, de longe,
para a casa de Harry. Não havia nem sombra de fotógrafos naquela região.
Eu:
Não sei não... –
comentei, desconfiada.
Após
cinco minutos caminhando, entramos na universidade. Manu subiu para o quarto
andar e eu para o terceiro. Caminhei até a minha antiga sala – que estava
vazia.
XxXx:
Não estudamos mais
nessa sala. – uma voz falou, atrás de mim. Um arrepio percorreu a minha
espinha. Me virei.
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