Terminei
de comer, paguei e saí do local. Voltei para casa. Manu, que estava no sofá
falando no celular, levantou-se e foi para o seu quarto. Tentei não ligar para
tal comportamento, indo para o meu quarto e trancando a porta.
Tentei
me distrair desenhando, mas um certo garoto de cabelos cacheados, olhos
azulados e covinhas não saía do meu pensamento. Algumas veze me via chorando e
logo me auto repreendia.
Mas
não adiantava. Eu não conseguia tirar Harry Styles da minha cabeça. Desenhei
por mais algum tempo e só parei quando Manu bateu na porta. Abri a mesma e Manu
entrou.
Manu: Você gosta de parques de
diversão? – ela perguntou.
Eu: Hum? – perguntei, sem entender.
Manu: Perguntei se você...
Eu: Eu entendi... – a interrompi. –
Só não entendo o porquê da pergunta.
Manu: É que tem um parque de diversão
no centro de Londres... – ela explicou, sorrindo. – E amanhã ele abre. Vamos
amanhã?
Eu: Pode ser... – respondi. – Se for
para tirar o Styles da minha cabeça.
Manu: Eba! – ela sorriu, saindo do
quarto.
A
tarde foi terrivelmente entediante e, à noite, Manu e eu vimos um filme. Manu
virou a pipoca no sofá e tivemos de pausar o filme para limpar a sujeira.
Depois de vinte minutos, voltamos a assistir o mesmo.
Nos
deitamos às duas da manhã e acordamos ao meio-dia do domingo. Comemos uma pizza,
tomamos banho, nos vestimos e, às três horas da tarde rumamos para o parque no
centro de Londres.
O
parque estava cheio de crianças, acompanhadas por seus pais, e adolescentes
entediados.
Manu: Vamos na montanha-russa? – ela perguntou,
animada.
Eu: Só se for agora! – sorri.
Compramos duas fichinhas e nos sentamos no brinquedo, esperando dar a partida.
Começou
a andar lentamente, até acelerar. Gritei, enquanto Manu ria descontroladamente.
Houveram momentos em que o “carrinho” ficou de cabeça para baixo. Momentos dos
quais eu entrava em completo desespero.
Quando
saímos da montanha-russa, estávamos tontas, com os cabelos desarrumados e rindo
à toa. Compramos um algodão doce e fomos nos carrinhos bate-bate.
Durante
a tarde inteira, enfrentamos apenas um problema: fotógrafos espalhados pelo
parque. Manu pediu que eu ficasse calma antes de sair batendo nos fotógrafos.
Respirei
fundo e fomos comer em uma lanchonete do parque. Pedi um hambúrguer e
refrigerante. Manu pediu um cachorro-quente e refrigerante. Sentamos em uma
mesa e conversamos, enquanto comíamos.
Manu: Você vai mesmo voltar para o
Brasil? – ela perguntou, me olhando.
Eu: Sim. – respondi, decidida.
Manu: Catarina, não faz isso...
Eu: Manu, eu estou decidida. Não
quero continuar aqui. Respeite a minha decisão! – respondi, tomando um gole de
refrigerante.
Manu: Respeitar, eu respeito. – ela disse,
dando uma mordida em seu cachorro-quente. – Mas não aprovo.
Eu: Manu, chegou né? – disse, dando a
última mordida no meu hambúrguer. – Não tô muito afim de brigar.
Manu: Tá, né... Mas depois não diz
que eu não avisei.
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