segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Love While We're Young - Capítulo Trinta e Sete - Vou voltar para o Brasil.


         Resultado de toda esta confusão: fui para a secretaria da universidade e a diretora me suspendeu por uma semana.
         Paul me levou para casa, onde deitei no sofá, triste e cansada. O mesmo fez algo para comermos. Sentou-se na poltrona em frente, comendo um pedaço de frango frito, me olhando.
Paul: Quer falar sobre o assunto? – ele perguntou, lendo os meus pensamentos.
Eu: Harry me traiu e isto é tudo. – respondi.
Paul: Eu conheço Harry Styles. E se o conheço bem, ele nunca faria isso sem um motivo. – ele disse, sério.
Eu: E há motivos para trair? – perguntei, irônica. – A não ser que ele tenha se cansado de mim.
Paul: Já falou com ele?
Eu: Ele me ligou ontem à noite. – respondi, desgostosa.
Paul: E o que ele disse?                        
Eu: Não quis ouvi-lo. – respondi.  
Paul: E se ele tivesse uma explicação? – ele perguntou, me olhando.
Eu: Não há explicações para uma traição.
Paul: Catarina tente ouvi-lo. – ele aconselhou.   
Eu: Eu não quero nem ouvir a voz dele. – disse, deprimida. – E outra: eu nem sei por que você ainda está aqui. Não sou mais “a namorada de Harry Styles”.
Paul: Harry me deu ordens para cuidar de você, custe o que custar. E é isso o que vou fazer. – ele respondeu com indiferença, voltando a saborear seu frango. – Não quer? – ele apontou para o prato.         
Eu: Não estou com fome. – respondi, levantando-me do sofá.
Paul: Onde vai?
Eu: Para o meu quarto. – respondi, subindo as escadas. Entrei no meu quarto e fechei a porta. Deitei na minha cama e peguei o meu celular. Disquei o número e esperei.
~Ligação ON~
Eu: Alô, mãe...
Mãe: Minha filha! – ela exclamou. – Meu Deus, você está bem?
Eu: Um pouco... – respondi, segurando o choro. – Estou ligando... Pra avisar que vou voltar para o Brasil.
Mãe: Minha filha, não faça isso...
Eu: Você viu o que está em todos os sites?
Mãe: Vi, mas não é por isso que você vai desistir do seu sonho.
Eu: Desde quando o conheci, ele começou a fazer parte do meu sonho. – respondi, enfim chorando.
Mãe: Você não vai depender dele para ser feliz, vai?
Eu: Não. – respondi, limpando as minhas lágrimas. – Mãe, eu te amo.
Mãe: Eu também te amo, meu amor. – ela disse, dócil.
Eu: O papai está em casa? – perguntei.
Mãe: No momento, não.
Eu: Quando ele voltar, diz para ele que o amo.
Mãe: Pode deixar, meu anjo.
Eu: Mãe, ou ir dormir um pouco. Te amo.
Mãe: Ok, minha filha. Também te amo. Vê se melhora, tá?
Eu: Uhum. – sorri, limpando as minhas lágrimas. – Beijos.
Mãe: Beijos, filha. Se cuida. – e desliguei o celular, me sentindo um pouco melhor que antes. Deitei a minha cabeça no travesseiro e adormeci.

         Abri os meus olhos, lentamente. O quarto estava totalmente escuro. Sentei-me na cama, esfregando os olhos. Sentia a falta de Harry. Sentia a falta de sua voz me dizendo “boa noite”. Sentia a falta de seu abraço.
         E agora tudo o que eu tinha era um quarto escuro frio e vazio. Mas já estava decidida em esquecê-lo e voltar para o Brasil na semana seguinte.
         Me levantei e saí do quarto. Desci para a cozinha e fui apalpando os objetos até chegar à geladeira. Abri a mesma e peguei uma garrafinha de água. Bebi todo o seu conteúdo.
         Voltei para o quarto e deitei-me novamente, esperando o sono vir. Acabei por dormir uma hora depois e acordar às onze horas da manhã seguinte. Fui ao banheiro, tomei um longo banho quente, me vesti e desci para tomar café da manhã.
         Manu estava sentada à mesa, me olhando. Fui até a geladeira e peguei a caixa de suco.
Eu: Bom dia, Manoela.
Manu: É sério que você vai voltar para o Brasil? – ela perguntou, ainda me olhando.
Eu: Uhum. – respondi, colocando o suco em um copo.
Manu: “Uhum”? – ela disse, indignada. – Um cara faz uma besteira, você quer desistir do seu sonho e você diz “uhum”?
Eu: O que eu posso fazer? – perguntei, olhando-a. – Quer que eu fique enfiada em Londres esperando ele voltar?
Manu: A Catarina que eu conheço não desiste. – ela se levantou, me olhando. – A Catarina que eu conheço ignora, levanta a cabeça e continua.
Eu: Não estou desistindo. – retorqui, irritada. – Estou apenas voltando para o Brasil.
Manu: Você é muito idiota! – ela exclamou, irritada.
Eu: É, talvez eu seja idiota. E é por isso que vou voltar para o Brasil.
Manu: Você está ciente que não vai conseguir se formar, né?
Eu: Grande bosta. – respondi, nervosa, bebendo um gole do suco.
Manu: Desisto de te entender. – ela disse, saindo da cozinha.
         Fiz uma careta, bebi o suco, peguei a minha bolsa e saí de casa. Fui até o McDonalds, pedi um Big Mac e um copo grande de milk-shake e sentei na mesma mesa de sempre. Odiava e ao mesmo tempo amava aquele lugar.
         Enquanto o meu pedido não chegava, mexi no meu celular. Fui até o local das fotos e vi... Malditas fotos que me fizeram chorar. Harry e eu fazendo caretas, Harry e eu sorrindo, Harry e eu nos abraçando, Harry e eu nos beijando... Harry e eu...
         A garçonete que trouxe o meu pedido olhou para mim, preocupada e perguntou se estava tudo bem.
Eu: Sim... – respondi, limpando as minhas lágrimas.
Garçonete: Tem certeza, moça? – ela me olhava.
Eu: Não! – respondi, me pondo a chorar.
Garçonete: O que aconteceu? – ela sentou-se à mesa, de frente para mim.
         Contei para ela sobre Harry, nosso namoro, Thomas, os paparazzis, a traição e a volta para o Brasil.
Eu: ... e agora estou aqui... – finalizei, chorando, comendo o hambúrguer. – Desabafando com você!
         A garçonete, com pena, me abraçou, disse que tudo ficaria bem e voltou ao trabalho. 

2 comentários:

  1. sei que pode parecer um pouco bobo pruma menina de 18 anos dizer isso mas... eu chorei tanto com esse capítulo ;x me tocou DEMAIS! vivi uma situação parecida (só que sem a parte de ser com o harry huahua) e o país era outro, e foi como se eu realmente estivesse na história e revivendo tudo! Parabéns por mais um capítulo sensacional =')

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  2. Awn, que princesa... :c
    Obrigada por estar acompanhando, meu amor! *o* <3

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