Depois do banho, vesti um
moletom e um short. Me sentia confortável vestida dessa forma. Começou a chover
forte. Peguei meu notebook e mexi até às quatro da tarde, quando me levantei
para comer. Fiz pipoca e liguei o som no volume máximo.
Peguei meu livro de
matemática e estudei até às sete horas da noite, ignorando a chuva forte que
caía. No primeiro trovão, desliguei o som e corri para o quarto, onde fiquei
encolhida na cama. Morria de medo de trovões, raios, relâmpagos, furacões e
todo tipo de fenômeno natural.
Fiquei na mesma posição
por meia hora. Já estava escurecendo e eu não me atrevia a levantar... Até
acabar a luz, depois de um estrondo. Gritei, apavorada. A casa estava escura.
Não havia uma parte iluminada.
Estiquei a mão até a mesa
de cabeceira, ao lado da cama. Abri a gaveta e peguei a lanterna. Acendi. Eu
tinha medo do escuro. Tinha medo das coisas que ele podia trazer. Me levantei,
decidida. Desci as escadas lentamente, peguei as chaves e abri a porta.
A chuva estava muito forte
e o céu estava totalmente escuro. Saí, fechei a porta e, com toda a força e
coragem que tinha, corri até o outro lado da rua.
Toquei a campainha da casa
de Harry umas cinco vezes seguidas. Depois de alguns segundos, ele abriu a
porta e me olhou, com uma lanterna na mão.
Harry: O QUE
VOCÊ ESTÁ FAZENDO?
Eu: Tô com
medo. – respondi, trincando os dentes. Harry me puxou para dentro de sua casa
e, inesperadamente, me abraçou forte.
Harry: Nunca
mais faz uma loucura dessas, ok? – sussurrou. Afirmei com a cabeça, sentindo
seu abraço. Era quente e terno.
Ele me soltou, fez sinal para que eu
esperasse e subiu as escadas. Esperei por alguns segundos, quando Harry voltou
com uma toalha.
Harry: Tome, se
seque… - ele me olhou de cima a baixo, sorrindo maliciosamente. Estava com o
moletom, o short e de pé descalço. Peguei a toalha. Sequei os meus cabelos,
minhas pernas e pescoço.
Eu: Obrigada. –
entreguei a toalha para ele. Ele a pegou.
Harry: Venha,
vamos subir. – ele pegou a minha mão e me puxou escada acima. Não pude deixar
de sorrir.
Harry me guiou até seu quarto, onde
me deu um cobertor. Me enrolei no mesmo, sentando na cama. O quarto estava
quase escuro. “Quase” pelo fato de haver uma vela acesa em cima da mesa de
cabeceira.
Harry: Não quer
tirar esse moletom? – ele sentou-se ao meu lado e me olhou fixamente.
Eu: Não posso.
Não estou com nada por baixo, a não ser o sutiã. – respondi, ficando vermelha.
Harry: Melhor
ainda! – ele riu, deitando-se. Harry tocou nas minhas costas. – Vem cá abraçar
o Styles, vem.
Ri, me deitando ao seu
lado. O abracei forte. Harry me apertou levemente, acariciando os meus cabelos.
Harry: Então,
quer dizer que a durona tem medo de chuva?
Eu: A “durona”
tem nome: Catarina. E sim: tenho medo de chuva. Mas não é exatamente da chuva. É
dos raios, trovões, relâmpagos...
Harry: Srta.
Catarina... – meu nome saiu tão fofo da boca dele. – Vou te proteger dessas
coisas. – ele me apertou, sorrindo.
Eu: Ah, que
lindo! – ri. – Meu nome saiu tão fofo!
Harry: Mas acho
que vou te chamar de Katy. – ele sorria, acariciando os meus cabelos.
De repente, deu um
estrondo parecido com o que antecedeu a falta de luz. Afundei o meu rosto no
peitoral de Harry, choramingando. Ele tampou suavemente os meus ouvidos, me
apertando de leve. O apertei, choramingando.
Harry: Ei,
calma... Nada de mal vai acontecer a você. Eu tô aqui. – ele beijou a minha
testa.
Por mais que discutíssemos
e brigássemos, estávamos nos protegendo. E, naquele momento, eu não queria
fazer mais nada além de abraça-lo forte.
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